O vírus SARS-CoV-2 é o agente causador da Covid-19, doença que surgiu no final de 2019 na cidade de Wuhan, China, provavelmente a partir de mutações de uma linhagem do coronavírus que infectava animais. O SARS-CoV-2 pertence à família dos Coronaviridae, subfamília Orthocoronavirinae e ao gênero betacoronavírus que infecta, exclusivamente, humanos. O vírus é composto por genoma de fita simples de RNA (30 kDa) de polaridade positiva, que codifica, entre outras proteínas, a proteína Spyke, responsável pela entrada do vírus na célula. O Brasil tem se mostrado um grande celeiro de novas variantes de SARS-CoV-2, em parte devido ao tamanho da população. Esse fato justifica o contínuo monitoramento das variantes de SARS-CoV-2 no país.
É o vírus que causa a Dengue, uma doença febril grave, cuja transmissão se dá pela picada de diferentes espécies de mosquitos, majoritariamente o Aedes aegypt, que se multiplica em recipientes e ambientes com água parada. O vírus da Dengue (DENV) pertence à família Flaviviridae e ao gênero Flavivirus. É um vírus de RNA fita simples, de polaridade positiva que contém uma única ORF. DENV apresenta quatro sorotipos distintos antigenicamente: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Esses sorotipos apresentam epítopos únicos para cada sorotipo e outros que são compartilhados entre os mesmos. Apresentam cerca de 65% de similaridade de aminoácidos e cada sorotipo inclui vários genótipos que não divergem, dentro do mesmo sorotipo, em mais de 6% dos nucleotídeos. A infecção por um sorotipo específico confere imunização contra ele mesmo, entretanto os indivíduos são susceptíveis a uma segunda infecção por um sorotipo diferente.
É o vírus causador de gripe que pode atingir todo o sistema respiratório, além de causar febre, tosse, dor muscular, entre outros sintomas que duram cerca de uma semana. Os sintomas deixam a pessoa debilitada, podendo evoluir para casos graves com internações hospitalares e eventualmente o óbito. Segundo o banco de dados de mortalidade regional da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), são 41 a 72 mil mortes por ano nas Américas.
O vírus Influenza pertence à família Orthomyxoviridae, que são vírus compostos por genomas de fita simples de RNA de polaridade negativa. A maioria das infecções sazonais estão associadas a dois tipos de Influenza: A e B. Os genomas de influenza A e B são compostos por oito segmentos que codificam, entre outras proteínas, RNA polimerase dependente de RNA (RdRP), proteínas que induzem morte celular e modulam patogenicidade viral, nucleoporina e as proteínas HA e NA.
HA é responsável pela entrada do vírus na célula, pois liga-se ao ácido siálico na superfície das células facilitando o movimento do vírus. A RdRP é uma enzima que pode incorporar erroneamente nucleotídeos durante a replicação do genoma viral. Esse fato, junto com o genoma segmentado do vírus sujeito a recombinações, faz com que os vírus Influenza evoluam através de mutações acumuladas e de recombinações com outros vírus presentes em coinfecções, fenômenos denominados respectivamente de derivação antigênica e salto antigênico.